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Performances Culturais: um conceito interdisciplinar e uma metodologia de análise (pdf)

Camargo, Robson Corrêa de – “Performances Culturais: um conceito interdisciplinar e uma metodologia de análise”. In:  KARPA Teatralidades dissidentes, artes visuales y cultura. Journal of Theatricalisties and Visual Cultura / Revista de Teatralidades e Cultura. Visual General Editors: Paola Marín & Gastón Alzate. Español-Português-English

A designação Performances Culturais foi estabelecida pela primeira vez em 1955 pelo antropólogo, filósofo e psicólogo polonês, naturalizado norte-americano, Milton Borah Singer (1912-1994) em estreito diálogo com as construções teóricas de seu companheiro de trabalho da Universidade de Chicago, o sociólogo, comunicador e etnolinguista Roberto Redfield (1897-1958). Há que se entender o particular significado deste conceito plural e a abordagem metodológica distinta que este propõe, para que se evite um entendimento parcial ou apenas formal deste, para que as Performances Culturais não sejam entendidas apenas como o estudo de uma determinada performance ou uma forma específica de estudo de um fenômeno, ou mesmo como etapa evolutiva de um determinado ramo ou área de saber. Performances culturais deve ser vista como Krishna em sua forma universal, múltipla(s) Vishwarupa. Não como a luta entre Neo e o agente Schmidt no filme Matrix Reloaded, os cem múltiplos de si mesmo.

Performances Culturais é um conceito que, primeiramente, está inserido numa proposta metodológica interdisciplinar e que pretende o estudo comparativo das civilizações em suas múltiplas determinações concretas; vis também o estabelecimento do processo de desenvolvimento destas e de suas possíveis contaminações; assim como do entendimento das culturas através de seus produtos “culturais” em sua profusa diversidade, ou seja, como o homem as elabora, as experimenta, as percebe e se percebe, sua gênese, sua estrutura, suas contradições e seu vir-a-ser. Neste movimento as performances são sempre plurais, pois solicitam o estudo comparativo, seja a partir de uma perspectiva macro (os grandes elementos da cultura, as Grandes Tradições, assim chamadas por Singer e Redfield) em contraste com as micro experiências (as variadas formas não oficializadas e diversas a que temos acesso) ou mesmo entre as pequenas tradições ou vice-versa.

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