Entre lágrimas e risos. As representações do melodrama no teatro mambembe

Santos, Elaine dos – Entre lágrimas e risos. As representações do melodrama no teatro mambembe. São Paulo: Editora Diálogo Freiriano, 2019, edição própria.

Para adquirir o livro, entre em contato com a própria autora pelo e-mail: e.kilian@gmail.com, ou pelo telefone (whatsapp) 55.99955.1668.

Apresentação

Entre lágrimas e risos: as representações do melodrama no teatro mambembe é o resultado da tese de doutorado da professora Elaine dos Santos, apresentada no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria

O estudo enfoca as artes de um modo geral, desde o homem do período neolítico; abrangendo o teatro, cujos registros remontam ao antigo Egito; passando pela Grécia clássica e a contribuição do teatrólogo Téspis, ao tempo de Ésquilo e Sófocles, que representava as suas peças em cima de um carroça; inclui o teatro barroco, a “Commedia Dell Arte”, o teatro de Shakespeare e detém-se no nascimento do circo de cavalinhos na Inglaterra, sob o comando de Astley, assim como concede espaço para a criação do palhaço, que surgiu para dar dinamicidade aos intervalos das apresentações dos cavaleiros, nos velhos palcos circulares.

No Brasil, a autora aborda desde as primeiras representações teatrais trazidas pelos ciganos, logo depois da descoberta das novas terras; explora tematicamente a contribuição dos padres jesuítas e o seu teatro religioso; detém-se no surgimento dos circo-teatros, com a inserção de apresentações dramáticas para, na sequência, dar ênfase a Nhô Bastião e sua irmã, Nh’ana, que, em 1929, deram origem à família que, mais tarde, comporia o Teatro Serelepe, que surgiu, oficialmente, em 1962, na cidade de Cruz Alta, tendo à frente o palhaço Serelepe, José Maria de Almeida.

Recuperando a história do Teatro Serelepe – composto basicamente pela família Almeida, a pesquisadora acresce a história da família Benvenuto: o casal Luiz e Alice Benvenuto, juntamente com os seus filhos, Luiz Carlos, Léa, Rafael e Ana Maria. Em 1959, Léa casou-se com José Maria de Almeida, o palhaço Serelepe. Desta união, nasceram seis filhos: Ben-hur, Isabel, Maria José, Jaqueline, Marcelo e Ulisses. Atualmente, o palhaço Serelepe é vivido por Marcelo Benvenuto de Almeida.

O livro traz do palco para as suas páginas personagens de peças clássicas do teatro nacional e internacional, mas reverencia também artistas do teatro mambembe como José Maria de Almeida, Léa Benvenuto de Almeida, Marcelo Serelepe, Antonio Carlos de Almeida (Tonico), José Renato de Almeida (Bebé), Luiz Carlos Benvenuto, entre outros, ensejando espaço para a pesquisadora analisar dez melodramas ou adaptações de filmes e romances que o teatro encenava nos anos 1960, 1970, 1980, quando perdeu espaço para as telenovelas: Ferro em brasa; O carrasco da escravidão; Deixem-me viver; Sublime perdão; O seu último Natal; Os dois sargentos; O céu uniu dois corações; Maconha, o veneno verde; Honrarás nossa mãe e A canção de Bernadete, que encantaram o público que presenciou as suas apresentações.

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