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O riso também colonizou o Brasil (pdf)

Silva, Thalita Costa da; Santos, Anderson Cristopher dos Santos – “O riso também colonoziou o Brasil”. In: Anais do II Encontro Internacional de História Colonial. Mneme – Revista de Humanidades. UFRN. Caicó (RN), v. 9. n. 24, Set/out. 2008. ISSN 1518-3394.

O circo é considerado um dos espetáculos de entretenimento mais antigos do mundo, sendo impossível pensar, data ou local, precisos para o seu surgimento. Há, dessa maneira, indícios do despontar dessa arte milenar em vários lugares: na Grécia, em Roma, na Índia e na China.

No Brasil, sugere-se que tenha chegado em 1500, na frota de Pedro Álvares Cabral, através das palhaçadas de um tripulante que veio em sua expedição. Seria ele, Diogo Dias, segundo relata Pero Vaz de Caminha em carta enviada ao Rei D. Manuel (1495-1521):E além do rio andavam muitos deles, dançando e folgando uns ante outros, sem se tomarem pelas mãos, e faziam-no bem. Passou-se então além do rio Diogo Dias, almoxarife que foi de Sacavém que é homem gracioso e de prazer, e levou consigo um gaiteiro nosso, com sua gaita, e meteu-se com eles a dançar, tomando-os pelas mãos. E eles folgavam e riam e andavam com ele mui bem, ao som da gaita. Despois de dançarem, fez-lhes ali, andando no chão, muitas voltas ligeiras e salto real, de que se eles espantavam e riam e folgavam muito. (CAMINHA, 1500).

O termo “gracioso”, para a época, possuía o significado que hoje conhecemos como o bobo, ou melhor, o palhaço. Assim como o “salto real” seria o salto mortal e as “voltas ligeiras” seriam acrobacias, geralmente utilizadas nas apresentações dos saltimbancos da época.

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